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Psoríase

Psoríase

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A psoríase é uma doença de pele crônica, inflamatória e não contagiosa, que atinge milhões de pessoas em todo o mundo — estima-se que mais de 125 milhões convivam com a condição, sendo cerca de 5 milhões no Brasil. Apesar de não representar risco direto à vida, ela tem grande impacto na autoestima e na qualidade de vida dos pacientes.

A doença se manifesta por meio de lesões avermelhadas, espessas e com descamação esbranquiçada, que podem surgir em diferentes regiões do corpo, como couro cabeludo, cotovelos, joelhos, costas, unhas e até na face. Em alguns casos, pode causar coceira, sensibilidade e pequenas fissuras, principalmente quando as placas inflamadas sofrem atrito.

A psoríase não é transmissível — ou seja, não se pega nem se passa para outras pessoas por contato físico, uso de objetos compartilhados ou proximidade. Qualquer pessoa pode desenvolver a doença em algum momento da vida, embora os primeiros sinais geralmente apareçam entre os 20 e 40 anos.

O surgimento da psoríase está relacionado a uma resposta imunológica desregulada, na qual o sistema imune acelera o ciclo de renovação das células da pele. Enquanto o processo natural leva cerca de 28 dias, em pessoas com psoríase ele ocorre em apenas 3 a 5 dias, fazendo com que as células mortas se acumulem na superfície e formem as típicas placas espessas e escamosas.

Apesar de não ter cura definitiva, existem tratamentos altamente eficazes que ajudam a controlar os sintomas, reduzir as crises e manter longos períodos de remissão. Com acompanhamento dermatológico e cuidados contínuos, é possível levar uma vida saudável, ativa e equilibrada, minimizando os impactos físicos e emocionais da doença.

Causas e fatores desencadeantes

A psoríase é uma condição de origem multifatorial, ou seja, seu desenvolvimento está associado a uma combinação de fatores genéticos, imunológicos e ambientais. O principal deles é a predisposição genética — o indivíduo nasce com uma informação em seu DNA que o torna mais suscetível à doença. No entanto, possuir essa predisposição não significa que a psoríase irá se manifestar, mas sim que o organismo pode reagir de forma anormal diante de certos estímulos.

Mesmo pessoas sem histórico familiar podem desenvolver psoríase, e o início dos sintomas costuma ocorrer entre os 20 e 40 anos, embora possa surgir em qualquer idade.

Além da herança genética, diversos fatores externos e internos podem desencadear ou agravar as crises, entre eles:

  • Estresse, ansiedade e abalos emocionais, que influenciam diretamente o sistema imunológico e estão entre os principais gatilhos relatados pelos pacientes;

  • Infecções, especialmente as de origem bacteriana ou viral, como a faringite estreptocócica;

  • Uso de determinados medicamentos, como betabloqueadores, lítio, antimaláricos e corticoides sistêmicos;

  • Traumas na pele, como cortes, queimaduras, picadas de insetos ou até atrito constante, que podem gerar o chamado fenômeno de Koebner, no qual lesões aparecem em áreas lesionadas;

  • Consumo excessivo de álcool e tabagismo, que podem piorar a inflamação e dificultar o controle da doença;

  • Mudanças climáticas, especialmente períodos de frio e baixa umidade, que ressecam a pele e favorecem o surgimento das placas.

O aspecto emocional desempenha um papel essencial no curso da psoríase. Muitos pacientes relatam o início ou agravamento das lesões após períodos de tensão, ansiedade ou sobrecarga emocional. Isso reforça a importância de um cuidado integral que envolva não apenas o tratamento dermatológico, mas também o bem-estar psicológico e o equilíbrio emocional.

Impactos físicos e emocionais

Embora a psoríase nem sempre cause dor física, o impacto psicológico é profundo. As lesões visíveis podem gerar baixa autoestima, isolamento social e ansiedade, comprometendo a qualidade de vida do paciente. O apoio psicológico, aliado ao tratamento dermatológico, é essencial para o manejo completo da doença.

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